17 de agosto de 2013

Jacques Vergès, o “advogado do Diabo” morreu.

O advogado francês Jacques Vergès, conhecido como "advogado do terror" devido a clientes que incluem um ex-chefe da Gestapo e o militante marxista Carlos, o Chacal, morreu de um ataque cardíaco, aos 88 anos.
Considerado por muitos como um dos advogados mais brilhantes e provocativos da França, Vergès ganhou notoriedade ao aceitar representar clientes considerados por outros como impossíveis de defender.
O advogado morreu na quinta-feira em sua casa parisiense do século 18, onde o filósofo Voltaire viveu, de acordo com o seu editor Pierre-Guillaume de Roux.
Vergès nasceu na Tailândia, em 1925, filho de pai francês e mãe vietnamita, e cresceu na ilha governada pela França no oceano Índico de La Réunion, para onde a família se mudou depois que o seu pai perdeu o emprego como cônsul por se casar com uma estrangeira, algo proibido na época.
Na década de 1960, Vergès defendeu argelinos que lutaram pela independência num momento em que o fim do domínio francês na colónia do norte africano foi violentamente contestada por alguns setores da sociedade francesa.
Como líder estudantil comunista, Vèrges ficou amigo de Pol Pot, líder do Khmer Vermelho, responsável pelo genocídio no Camboja em que 2,2 milhões de pessoas morreram.
Vèrges deixou perplexos os seus compatriotas ao concordar em defender Klaus Barbie, chefe da Gestapo na cidade de Lyon, que foi duas vezes condenado à morte à revelia por crimes de guerra.
Quando Barbie fugiu de França em 1944, Vèrges estava marchando para libertar Paris com as forças francesas de De Gaulle.
Outros clientes foram o militante libanês Georges Ibrahim Abdallah e o ex-vice-primeiro ministro iraquiano Tariq Aziz, e ele também deu assessoria jurídica ao ex-líder jugoslavo Slobodan Milosevic.
Para alguns de seus críticos, a lista de clientes de Vergès significa que as suas mãos ficaram tão sujas quanto as das pessoas que ele defendia. Em 2007, um documentário francês sobre a vida dele apelidou-o de "advogado do terror", um apelido que pegou.
(Por John Irish)

Comentário pessoal: Tornou-se comum nas sociedades modernas as associações para o bom trato e defesa dos animais. É verdade que por vezes este movimento se torna radical e não se contenta em defender e lutar para que seja legislado o uso “humanitário” dos animais. Defende o trato igualitário na comunidade moral de modo a fazer respeitar os interesses básicos dos animais. Tudo bem e nada a criticar, não fora tão radical, por meu lado até louvava.
Há também movimentos como o de defesa do cidadão. Certamente, que estes têm direitos e deveres que devem ser respeitados e deveres que devem ser cumpridos.
Nos últimos tempos tem surgido um outro movimento quase sem expressão chamado “Em defesa da Inocência”. Este movimento tem como conceito – a meu ver – muito nobre, a defesa da criança contra os pedófilos. Alguma relevância tem tido, no entanto, e de modo geral os pedófilos pais, familiares, religiosos e outros levam a deles de vencida. São via de regra eles os “inocentes”!
Agora, esta notícia da morte e do “nobre” trabalho do advogado francês Jacques Vergès. Chocou-me! Não tenho outra maneira de o dizer: horrorizou-me!
Sei que existem formas muito elaboradas e até estruturas para defender grupos criminosos, assim como organizações do género. Basta para colher tal informação entrar no Google.
Conhecendo os tempos, conhecendo a Bíblia como conheço, direi: já nada me espanta! A Bíblia é qual farol que iluminou o que se passaria no tempo que antecede a vinda de Jesus a esta Terra. E digo com o apóstolo João no Apocalipse: “ora vem, Senhor Jesus!”

José Carlos Costa

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