27 de junho de 2013

Papa nomeia comissão especial sobre actividades do Banco do Vaticano

O papa nomeou uma comissão especial para recolher informações sobre as actividades do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), controverso banco do Vaticano, foi hoje anunciado.
Esta comissão pontifícia de cinco membros vai permitir ao chefe da Igreja católica "conhecer melhor a posição jurídica e as actividades" do IOR, acrescentou o Vaticano, sublinhando que o trabalho do grupo decorre no âmbito "da reforma" das instituições vaticanas.
O objectivo desta comissão é "recolher informações sobre a evolução do Instituto e apresentar as conclusões ao papa", precisou o Vaticano, acrescentando que "começará o trabalho nos próximos dias".
Os membros da comissão são o cardeal italiano Raffaele Farina, ex-responsável dos arquivos secretos do Vaticano, que vai assumir o cargo de presidente, o cardeal francês Jean-Louis Tauran, monsenhor Juan Ignacio Arrieta Ochoa de Chinchetru, um especialista espanhol em legislação do Vaticano, designado como coordenador, monsenhor Peter Bryan Wells, um norte-americano membro da Secretaria de Estado, nomeado secretário, e a professora norte-americana Mary Ann Glendon, especialista em direito de Harvard.
O objectivo de Francisco é permitir "uma melhor harmonização (das actividades) do IOR com a missão da Igreja universal no contexto mais geral das reformas que será realizar nas instituições" do Vaticano.
Eleito a 13 de Março, o papa tem criticado sempre a riqueza e as vaidades, incluindo na Igreja católica e no clero, e defendido a virtude da pobreza.
Sinal da importância que dá ao trabalho desta comissão, o papa assinou, ele próprio, o decreto que a instituiu (quirógrafo), datado de 24 de Junho, e no qual explicou as razões para criar esta comissão.
O IOR gere 19.000 contas, que pertencem maioritariamente ao clero católico, ou seja, cerca de sete mil milhões de euros, bem como as transferências de dinheiro das congregações religiosas.
O novo presidente do IOR, o alemão Ernest Von Freyberg, nomeado alguns dias antes da demissão do papa emérito Bento XVI, pediu à agência de consultores financeiros norte-americana Promontory a verificação de cada uma das contas do IOR.
Ao longo dos anos, vários escândalos mancharam a reputação do IOR, destacando-se a falência do Banco Ambrosiano, em 1982, na qual estiveram envolvidos os serviços secretos norte-americanos (CIA) e uma loja maçónica italiana.
Lusa/SOL
Comentário pessoal: Esta notícia levou-me a pensar no comportamento dos macacos, e sobretudo nos babuínos, há movimentos que exprimem a submissão social e que se desenvolveram a partir do convite feminino ao acasalamento. Na sua forma actual, a cerimónia que consiste em mostrar o traseiro, muitas vezes ornado das mais lindas cores para que a atitude seja também sublinhada visualmente, quase nada já tem a ver com a sexualidade ou com motivações sexuais. Significa apenas que o macaco que a executa reconhece a categoria superior daquele a quem ela é dedicada. Os macacos muito novos seguem já este costume sem o terem aprendido. Pia, a jovem babuína de Katharina Heinrich, criada quase desde nascença no meio de pessoas, quando foi metida num quarto desconhecido voltou solenemente o traseiro a cada uma das cadeiras que evidentemente lhe inspiravam medo. Geralmente, o babuíno tem comportamento ríspido e dominador com as fêmeas da sua espécie: comportamento que na natureza não são decerto tão bruscos como se poderia julgar, segundo as observações no cativeiro de Washburn e De Vore, mas certamente estão longe da doçura e amabilidade dos cães, dos piscos ou dos gansos bravos. Compreende-se portanto que nesses macacos a frase “sou tua mulher” equivalha facilmente a “sou tua escrava”.
José Carlos Costa

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