14 de novembro de 2012

AS RAZÕES E A RAZÃO DA DRª ISABEL JONET


Estas palavras da Drª Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, despertaram uma onde de críticas violentas contra uma mulher que se dá voluntariamente a esta CAUSA de ajudar os que pouco ou nada têm. O impressionante de tudo isto, é ao que parece, estas críticas ainda que veiculadas por órgãos de comunicação importantes, são o eco de pessoas para quem ela se dedica de corpo e alma. Ou seja os que recebem, os que são ajudados criticam alguém só porque esta diz a verdade, gostei do comentário do Mário Cláudio:
“O escândalo suscitado, há dias, por uma intervenção de Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, a exortar-nos à tomada de medidas de poupança como estratégia de combate à crise, desvenda pelo menos um clima de paixão colectiva, prejudicial à serena leitura dos factos. Não ouvi a responsável pelo Banco Alimentar defender o excesso de austeridade a que nos submete um Governo que deu já provas sobejas de incompetência perante a situação a enfrentar, nem sequer deduzi que, alinhada com um cardeal instalado na hierarquia, procurasse ela dissuadir-nos do exercício do direito de nos indignarmos, e da consequente manifestação pública da nossa discordância das desastrosas soluções, propugnadas pelos timoneiros dos destinos pátrios. Assisti porém, isso sim, à reacção destemperada de muita gente, denunciando essa espécie de atávica indolência, sempre pronta a derivar tudo lá de cima, desmobilizando-se de alterar comportamentos cá de baixo. E constatei a persistência da vontade de incorrer em certos vícios, justamente inspirados pelo mesmo consumismo, e pela mesma globalização, que nos castigam agora.”
Não terão estas reações da parte das pessoas que trabalham como voluntárias, assim como as que doam os seus cabazes um efeito reativo, ou seja em vez de ir ou dar. Não ir nem dar?
Há um velho ditado em português que diz: “pobres e mal-agradecidos” parece ser hoje o espirito que invade as pessoas. Deixou de haver o gesto de reconhecimento. Eu admito, que custe ouvir algumas palavra de Isabel Jonet, quando ela diz que os portugueses se habituaram a viver acima das posses, não souberam fazer contas, no entanto, isto é verdade.
Sou do tempo em que se começava a trabalhar aos 7 anos. Sou do tempo em que ter um pedaço de broa seca e bolorenta com metade de uma sardinha salgada era muito bom. Sou do tempo quando recebíamos um pão com doce de tomate era uma lambarice que comíamos a pequenas dentadas para durar. Não, não tenho saudades desse tempo. Tenho saudades das pessoas!
Jesus disse: “Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre.” Mateus 26:11
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” Mateus 5:3
Estes pobres, sim, eu admiro e amo. Os outros “os que criticam”, Deus me perdoe…não digo o que estou a pensar.
 
José Carlos Costa

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