16 de setembro de 2012

Bento XVI exorta a dizer "não à vingança"

Fotografia © REUTERS - Stefano Rellandini
O papa exortou hoje os povos do Médio Oriente a "dizerem não à vingança" e a banirem a "violência verbal e física", apelando a que aceitem 'a sociedade plural'.

Bento XVI falava no palácio presidencial de Babada, perto de Beirute, para várias centenas de personalidades do mundo político, religioso e da cultura libanesa, entre os quais os dirigentes das comunidades muçulmanas, no segundo dia da sua visita ao Líbano.
Numa altura de grande agitação na região devido à guerra na Síria e a manifestações contra um filme realizado nos Estados Unidos e considerado ofensivo para o Islão, o papa centrou a sua intervenção nas condições religiosas e sociais que podem favorecer a paz na região.
O papa pediu para "se suprimir a violência verbal e física", considerando que "ela é sempre um atentado à dignidade humana, a do autor e a da vítima".
"Trata-se de dizer não à vingança, de reconhecer os seus erros, aceitar as desculpas sem as procurar e enfim perdoar", sublinhou o papa.
Acrescentado "Apenas então pode crescer o bom entendimento entre as culturas e as religiões, a consideração sem condescendência".
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato

Reflexão pessoal: Considero Bento XVI, um dos homens mais sábios do mundo; tanto na política; no movimento da modernidade, como tantas outras áreas. Fico no entanto, surpreendido que ele faça este tipo de apelos “suprimir a violência verbal e física”. A não ser pela falta de capacidade do Islão lidar com a modernidade e ele (Bento XVI) crer afirmar-se como o árbitro de um antigo desacordo que permeia o mundo islâmico e é a cisão entre sunitas e xiitas, que hoje é muito mais acentuada do que entre católicos e protestantes.
Este apelo de Bento XVI, está certamente eivado de uma sabedoria e de conhecimentos políticos e estratégicos que só podem conduzir a um final; o domínio católico. Os muçulmanos estão manietados pelo imperialismo europeu e americano com as empresas petrolíferas; a criação e expansão de Israel; golpes de Estado de inspiração estrangeira. A cartografia actual do mundo muçulmano foi em grande parte um presente envenenado do Ocidente.
Em conclusão, direi que este excerto diz alguma coisa sobre os rumores do fim:
“Para confirmar essa pretensão, era preciso empregar alguns meios com o fito de lhe dar aparência de autoridade; e isto foi prontamente sugerido pelo pai da mentira. Antigos escritos foram forjados pelos monges. Decretos de concílios de que antes nada se ouvira foram descobertos, estabelecendo a supremacia universal do papa desde os primeiros tempos. E a igreja que rejeitara a verdade, avidamente aceitou estes enganos.”
O Grande Conflito, p. 56
Pr. José Carlos Costa

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