9 de janeiro de 2011

PADRE RENUNCIA A PRÉMIO NOBEL

Os efeitos do pecado surgem mais cedo ou mais tarde. Foi o que aconteceu com o padre Fraçois Houtart. Depois de 40 anos o seu pecado de pedofilia veio à tona. Talvez ele considerasse aquele triste episódio um caso do passado, engano seu. Embora Cristo nos livre da culpa, as conseqüências são quase inevitáveis nessa vida. Confira o fato no texto abaixo.
O padre François Houtart, 85, confessou ter abusado de uma criança de oito anos agravando a crise da Igreja Católica.
Um padre católico belga confessou ter abusado de uma criança de oito anos e pediu o fim de uma campanha para sua nomeação ao Prêmio Nobel da Paz devido à sua luta contra o impacto da globalização nos países em desenvolvimento.
A confissão do padre François Houtart, 85, foi publicada Num jornal belga nesta quarta-feira, agravando a crise sobre os escândalos sexuais envolvendo membros da Igreja Católica em vários países.
Em outubro de 2010, depois que partidários deram início à campanha apoiando o sacerdote para o Nobel da Paz, uma mulher o denunciou à ONG que ele fundou, a Cetri (sigla em francês).
Ela disse que Houtart teria abusado sexualmente do seu irmão há 40 anos, de acordo com o diretor da organização, Bernard Duterme.
No e-mail que enviou à ONG e ao comité que fazia campanha pela nomeação de Houtart ao Nobel da Paz, a irmã da vítima fornece detalhes sobre os supostos abusos. Segundo ela, Houtart - que era amigo de seu pai - entrou no quarto do seu irmão duas vezes "para violar a criança". "Quando tentava pela terceira vez, o meu irmão procurou os nossos pais e contou os abusos a que estava sujeito pelo padre", disse a mulher no e-mail.
Segundo o seu relato, o pai conversou com o padre sobre o incidente alguns dias depois e disse que ele deveria pedir desculpas, mas o sacerdote  recusou e disse "que aquilo era normal". A família cortou então qualquer contacto com Houtart.
Ao jornal belga "Le Soir", o padre admitiu que abusou do garoto em duas ocasiões na casa dos pais do menino em Liege, no leste da Bélgica. "Entrei no quarto do garoto e toquei as suas partes íntimas por duas vezes, o que fez com que ele acordasse e se assustasse", disse Houtart na entrevista.
Ele disse ainda à publicação que ficou "perturbado" com o incidente, já que tinha consciência da contradição entre o que fizera e seu papel na Igreja e sua fé cristã.
Houtart disse ainda que os pais do garoto sugeriram que ele entrasse em contato com um professor em Liege, que o aconselhou a continuar na Igreja e se concentrar no seu trabalho.
No mês Outubro, Houtart renunciou ao cargo no conselho da ONG, que publica relatórios críticos sob o sucedido.
O comité que defendia a nomeação do sacerdote para o prémio Nobel encerrou a campanha, dizendo que o próprio padre teria pedido o emcerramento porque "sua idade e os seus projetos pessoais" não permitiriam que ele continuasse a desempenhar funções nesta ONG.
"Erros do passado", nem sempre são descobertos aqui na terra, mas quando o são resultam em consequencias desastrosas. Que vergonha!
No Céu nada passa despercebido e mesmo que aqui não seja descoberto diante de Deus não fica encoberto.
Em setembro, a Igreja Católica da Bélgica reconheceu os "erros do passado" na gestão dos casos de abuso sexual de crianças por padres e prometeu ajuda às vítimas.
Na época, a Igreja católica disse ainda que iria tentar tirar "lições" do escândalo de pedofilia sem precedentes que atingiu os seus padres, depois da publicaçãode um relatório que revela mais de uma centena de testemunhos de vítimas de abusos sexuais durante os últimos 50 anos.
O documento, que continha os testemunhos anônimos de 124 "sobreviventes" --termo utilizado pela própria comissão-- destacava que os abusos sexuais da maioria das vítimas aconteceu aos 12 anos, mas também existem casos de crianças vitimadas dos dois aos sete anos.
A descrição das vítimas sobre os autores dos abusos geralmente é imprecisa, já que passaram muitos anos desde os crimes, mas depois das verificações pertinentes a comissão determinou que 102 eram membros de uma congregação religiosa.

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