28 de junho de 2010

AFINAL CATÓLICOS ORTODOXOS E ROMANOS ESTÃO UNIDOS!

Terminaram os "cismas", sim para quê num tempo de permissividade e de doutrinas à imagem e semelhança do homem, deixou de haver razão para estar de costas voltadas. Para estas igrejas bem como para muitas outras de cariz "protestante" esvaziaram-se os conteúdos; a Bíblia já não é a razão pela qual se vive ou morre, viva a fraternidade e o ecumenismo!
“Voltemos a fazer respirar a Europa a plenos pulmões”: votos de Bento XVI, intervindo nesta quinta à tarde, no final do Concerto oferecido pelo Patriarca de Moscovo
O acontecimento teve lugar no âmbito das “Jornadas de cultura e espiritualidade russa no Vaticano”, promovido conjuntamente pelos Conselhos Pontifícios para a promoção da Unidade dos cristãos e para a Cultura. Actuou a Orquestra Nacional Russa e o Coro Sinodal de Moscovo. Executadas músicas de compositores russos do séc. XIX e XX, nomeadamente Rachmaninov, Ciajkovskij e do Metropolita Hilarion, Presidente do Departamento das Relações Exteriores do Patriarcado de Moscovo, que leu uma mensagem em que o Patriarca Kiril recorda o contributo evangelizador da cultura russa, sobretudo durante os anos das perseguições da Igreja e do ateísmo de Estado. “Católicos e Ortodoxos devem actuar conjuntamente como aliados, e não como concorrentes”.
Por sua vez o Papa evocou o risco de amnésia que corre o mundo europeu: o risco de perder a memória e de abandonar o extraordinário património suscitado e inspirado pela fé cristã”, classificada por Bento XVI como a “ossatura essencial da cultura europeia e não só”. “Nas suas diversas expressões – sublinhou – a fé cristã dialogou com as culturas e as artes, animou-as e inspirou-as, favorecendo e promovendo de um modo único e excepcional a criatividade e o génio humano”. Um contributo ainda hoje válido:
“Também hoje essas raízes são vivas e fecundas, no Oriente e no Ocidente, e podem, mais ainda, devem inspirar um novo humanismo, uma nova fase de autêntico progresso humano, para responder eficazmente aos numerosos e por vezes cruciais desafios com que se deparam as nossas comunidades cristãs e as nossas sociedades. A começar pelo desafio da secularização, que não só leva a prescindir de Deus e do seu projecto, mas acaba por negar a própria dignidade humana, em vista de uma sociedade regulada unicamente por interesses egoístas”.
Daqui o apelo do Papa:
“Voltemos a fazer respirar a Europa e plenos pulmões, voltemos a dar uma alma, não só aos crentes, mas a todos os povos do Continente, promovendo a confiança e a esperança, enraizando-as na milenária experiência de fé cristã. Neste momento não pode faltar o testemunho coerente, generoso e corajoso dos crentes, para que possamos encarar juntos o futuro comum, como um futuro em que a liberdade e a dignidade de cada homem e de cada mulher sejam reconhecidas como valor fundamental e se valorize a abertura ao Transcendente, a Deus, a experiência da fé, como dimensão constitutiva da pessoa”.
Na música – observou ainda Bento XVI – concretiza-se já “o confronto, o diálogo e a sinergia entre Oriente e Ocidente, entre tradição e modernidade”. Precisamos de uma “visão unitária e harmónica da Europa”, pois sem a consciência de raízes culturais e religiosas “profundas e comuns”, a Europa de hoje “ficaria como que privada de alma e marcada por uma visão redutiva e parcial”.

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